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terça-feira, 11 de outubro de 2016

Roma - Brasil. Voltando pra casa...

Bem...existe um dito popular que diz que tudo o que é bom dura pouco e acaba cedo rs eu discordo em termos, mas nem vou explicar, caso contrário vamos perder o foco e talvez no final do post eu acabe falando um pouco mais sobre isso.

Era uma terça-feira e meu voo estava marcado para às 11:30 a.m. Acordei cedo, às 8 a.m e na noite anterior já havia arrumado toda a minha bagagem. Eu havia pesquisado no google e havia um trem que iria do terminal Termini (Roma) para o aeroporto Leonardo da Vinci, esse aeroporto não fica muito próximo de Roma, deve levar em torno de 1h a viagem de trem até lá.

Acreditem ou não eu havia gastado o dinheiro quase todo, só tinha mais 10 Euros, porque fui furtada no Hostel onde estava por uma mulher muito esquisita Romena que estava no mesmo quarto que eu, meo...a mulher era uma figura, uma senhora Romena que estava em Roma segundo ela mesma, por causa do homem dela. Olha eu até tentei resolver esse problema com a dona do hostel, mas ela me perguntou porquê eu não havia trancado o meu armário, e eu tinha esquecido de trancar o armário aquele dia, mas voltando para o Terminal. Quando eu me dirigi à máquina para comprar meu ticket eu estava certa que pagaria nada mais nada menos que 5 Euros, porém a surpresa foi que o valor do bilhete era de 15 Euros e lembram que disse no início da estrofe que só tinha 10 ? Ai queridos e queridas amigas é nesse momento que entra a participação especial do bom e velho cartão de crédito. Não esqueça de desbloquear o seu cartão antes da viagem, você só tem que informar coisas como para onde você está indo e o tempo da sua viagem. Eu particularmente não gosto de usar o cartão em viagens, pois o IOF é absurdo e hoje está na casa dos 6,38%.

A viagem de trem para o aeroporto foi tranquila e dormi todo o tempo, chegando lá fiz meu check in e o meu voo iria primeiramente para Lisboa e em Lisboa faria minha conexão rumo ao Brasil, não sei porquê, mas o voo para Lisboa atrasou em 1 hora e fiquei hiper preocupada, pois conforme o tempo foi passando percebi que não daria tempo de pegar o voo em Lisboa para o Brasil OMG e tinha um monte de gente no avião que estava na mesma situação que eu e o pior é que não podíamos fazer nada. Chegamos no aeroporto de Lisboa e graças ao bom Deus o avião para o Brasil estava nos esperando...graças à Deus e é claro que se não tivesse esperando a TAP iria gastar bons Euros com nossa hospedagem e comida, até o próximo voo para o Brasoca.

O voo para o Brasil demorou uma eternidade para passar, se puderem evitar voos diurnos fica a dica, a sensação que tive foi de estar naquele avião por mais de 24horas, do meu lado se sentou um brasileiro que já morava na Europa há 15 anos, pois ele tinha a dupla cidadania e estava indo para o Brasil fazer um estágio em medicina, conversamos um pouco e tentei dormir, mas como era dia ainda não tive tanto sucesso, quando finalmente consegui dormir foi bem perto da hora do jantar e acabei perdendo a boquinha...triste lol

Chegando no Brasil, voei para pegar minhas coisas, a bagagem pesava muito e já estava convencida de que tinha perdido meu ônibus para Santos, pois o último ônibus em direção à Santos que sai do Aeroporto de Guarulhos é às 22 hrs e quando cheguei na saída do aeroporto eram umas 22:25 e provavelmente teria que dormir por Sampa ou tentar pegar um ônibus para o Terminal do Jabaquara para de lá pegar um outro bus para Santos, o último se não me engano sai do Jabaquara às 23:30 hrs, mas quando olhei para o ponto de saída do ônibus Cometa ele ainda estava lá :D graças a Deus mais uma vez fui salva por Ele. O motorista disse que tinha dado "sorte", mas na verdade eu sabia que Deus havia preparado tudo, pois ele cuida de nós o tempo todo :-)

Cheguei em casa com toda aquela bagagem, física, emocional e espiritual. Não existe lugar melhor que a casa da gente, a cama da gente, o travesseiro da gente e depois de um longo tempo de viagem, qualquer um está muito esgotado, vou falar para vocês que senti saudades, mas não muita de pronto, porque no final de tudo eu queria mesmo era voltar para casa, porque sentia que tinha completado a minha missão, conheci pessoas, culturas, países e por último, mas não menos importante o amor da minha vida nesta Eurotrip s2

Bom...vou colar o post que fiz no face para falar da experiência do mochilão, não está na íntegra, mas acredito que vale a pena a leitura :-)


Foram exatos 29 dias em uma das viagens mais loucas da minha vida. Durante esse tempo conheci bastante gente de tudo quanto é parte do mundo, por isso te desafio a fazer o mesmo qdo viajar, caso contrário não sairá muito da sua bolha, só vai ficar ali na rodinha dos brasileiros e portanto não vai aprender nada muito diferente do comum. Te desafio a tentar se comunicar mesmo quando não souber a língua local e verás muitas vezes q a comunicação e entendimento acontecerão mesmo se vc estiver falando em português e a outra pessoa em francês (experiência própria). Agradeço pelo apoio de todos q curtiram meu primeiro post sobre a trip, aquilo não foi demagogia, não! São as minhas verdades, a minha forma de enxergar a vida e tirar o máximo de proveito dela. Eu poderia dizer: "game over", mas eu não parei de pensar um minuto em qual seria a próxima loucura a ser realizada e isso já está meio q definido dentro de mim. No decorrer da viagem pude avaliar quem eu realmente sou e para onde tenho caminhado, esqueci que era filha, funcionária ou que exercia algum papel na sociedade. Nestes últimas dias eu era apenas um ser com fome de aprendizagem e como é interessante saber q existem outras formas de pensar, falar, comer, se portar e se vestir. Não parei de pensar também na bondade de Deus em ter me feito encontrar tanta gente do bem no meio do caminho com um propósito q não faço a mínima ideia do qual seja. Decidi escrever um diário de bordo para não esquecer de cada pessoa, momento, cada cheiro e sabor e já sinto saudades de tudo...Fico por aqui com essa citação que eu simplesmente amo:

" No curso da viagem há sempre alguma transfiguração, de tal modo que aquele que parte não é nunca o mesmo que regressa” Ítalo Calvino.


  
The End

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